sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Liberdade, qual?

Venho pensando.. Até que ponto as tecnologias realmente são liberdades? 
É engraçado, mas as vezes me parece que nos prendemos tanto a famosa 'liberdade' que nos esquecemos de ser realmente livres. 
Mas nos prendemos à liberdade? Como assim? 
É bem simples: desde que criaram os telefones celulares, computadores, tablets e etc., as pessoas deixaram de se comunicar de maneira real. Simplesmente se prendem a uma tela como se nada ao redor delas existisse. Deixam, muitas vezes, de olhar outras pessoas nos olhos para olhar através de uma tela. É banal, eu sei, mas é real e assustador. Não é tão pequeno assim quanto parece. 
Pode reparar nos restaurantes, por exemplo. Quantas famílias deixam de se comunicar por estarem o tempo inteiro online? Quantos filhos (e muitas vezes os pais também) você vê mexendo no celular o tempo todo que esteve à mesa com sua família? Acabou aquele tempo em que os pais se interessavam pelas ações dos filhos e os perguntavam como havia sido o dia ou que os filhos se interessavam pelo dia a dia dos pais; agora é tudo via Facebook, Whatsapp e afins, não há olho no olho e isso me incomoda. Acho a tecnologia bem útil à vida humana, sim, mas a partir do momento que ultrapassa o limite do saudável começa a ficar preocupante. 
Aí entra a competição e status que eles trazem. Todos os dias, praticamente, um celular é criado/lançado/jogado no mercado, aguçando assim o sentimento de "quero mais"de cada consumidor. É absurdo o que isso pode causar! Uma pessoa que tem o iPhone 5 quer o iPhone 5S. PRA QUÊ? Só porque ele desbloqueia pela digital e porque é uma coisa que poucos têm. PARA! (e nem venha me dizer que a configuração, a tela ou o software - seja lá o que realmente seja isso - é melhor).
Ainda que sendo muito nova, eu me lembro quando os celulares eram novidade; aqueles com antena e bem tijolo mesmo, sabe? Você lembra né? Então.. Me diz se naquele tempo as pessoas não eram bem mais próximas? É claro que eram! Ninguém mal sabia usar essa 'porcariazinha'.
Eu não sei onde queremos chegar desse jeito que estamos caminhando (ou teclando); assim não vamos muito longe não, eu acho. Eu só queria, por um momento, que vocês pensassem no que estão ensinando aos filhos de vocês ou o que ensinarão um dia quando tiverem. Será que é certo esquecer o mundo real e 'coisificá-lo' (e coisificar já é uma palavra existente graças à tecnologia) no mundo virtual?
Sai dessa! 

3 comentários:

  1. Concordo! Mas, acho que a saída é acrescentar, ou seja, usar e abusar das tecnologias, mas, nunca esquecer do olho no olho. Acho que dá para misturar!!!

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  2. Voce tem razão.As coisas estão exatamente assim.A gente ta perdendo o hábito da conversa.Me assusta tudo isso.Como será daqui pra frente?Ja tem aplicativo para tablets pra criança de 1 ano..digo....bebê,né! affff....ainda bem que eu passei minha infancia brincando na rua,fazendo trabalho de escola em papel almaço e usando a Barsa rsrsrsrsrs.....e agora,perto dos 50,consigo tb aproveitar essa enxurrada de tecnologia.bj

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  3. Eu brinco, mas é real: sou total e irrestritamente analógica!!! rs... Sem apologia à idade das pedras, tá? Somente tentando entender se esta velocidade de informação supre todas as nossas necessidades...

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